sexta-feira, 17 de abril de 2015

Manifestação ou avivamento?



                    

Por Gilberto Ferreira Lima




É bem verdade que a doutrina do Espirito santo, não foi muito evidenciada durante muitos séculos do cristianismo e, que começou a se evidenciar no início do século XX principalmente na rua azusa, em Los Angeles. Foi bom as pessoas começaram a estudar sobre o Espirito Santo e sua obra, mas, nem todos entenderam sua doutrina.

Claro que tem muitas pessoas bem intencionadas e que até pregam e ensinam porque viram e ouviram alguém ensinando. Mais ser bem intencionado e fazer uma exegese equivocado do texto não vai adiantar. Fica mais que claro que falta um estudo profundo da terceira pessoa da trindade e isso poucos fazem.

Este movimento que faz crescer a igreja brasileira e dizem que é um avivamento. Agora eu pergunto; Que igreja? Que avivamento? Onde tudo é espiritualizado como se fossem as pessoas mais santas deste mundo, do qual a terra não foi digna que seus pés a pisem. Romanos 12.1-2 diz; 1) Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto “racional. 2) e não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

A igreja contemporânea tem confundido avivamento com manifestação (se de fato é mesmo manifestação), espiritualizam tanto, mas, somente dentro da igreja, e fora muitos deles são caloteiros. Tamanho é o misticismo dentro da igreja se não fora a placa que os identificam as pessoas de fora achariam ser cultos a entidade demoníacas. Paulo diz que o nosso culto é racional e que o nosso sacrifício é dizer não as práticas do mundo, quando diz; Não vos conformeis com este século.

As pessoas procuram culto onde há revelação e com isso heresias tem se difundido nas igrejas pentecostais e neopentecostais, e todos em uma só voz dizendo que é avivamento. Mas que avivamento é este, quando a corrupção cresce no Brasil, quando o número de inadimplente continua a crescer, quando não querem fazer financiamento para pastores porque não pagam, quando aceitam suborno, quando votam em candidatos pensando em si próprio e não no bem comum da nação. Que cristianismo é esse? Que aceitam o homossexualismo, o aborto? Não é o Brasil constituído de mais de 90% de Cristão? Que país é este? Como posso dizer que o evangelho cresce no Brasil com tudo isto acontecendo?

O verdadeiro avivamento é mudanças de vida, é não se conformar com este século, é sacrifício vivo, é dizer não para o mundo. É quando a conduta de uma nação muda com práticas, Ética moral avançadas e isso só pode acontecer com a volta das escrituras como no tempo de Spurgeon, Whitefield, John Wesley, Jonathan Edwuards, dentre outros nomes que honraram a Deus.

Podemos definir ¹ a obra do Espirito Santo como segue: A obra do Espirito Santo consiste em manifestar a presença ativa de Deus no mundo e especial na igreja.

Se de fato houvesse conversão genuína nas igrejas brasileiras com o habitar do Espirito Santo, o país não estava mergulhado em caos. E nem as igrejas em misticismo e sincretismo. Pois, o Espirito Santo é Deus e falta zelo pela palavra. Falta sacrifício para nos desprender do que o mundo nos oferece. Avivamento começa no ensino da palavra e, é colocado em pratica no trabalho, escola, na família e no convívio com a sociedade. 
A conversão é a volta do² indivíduo para Deus. Isso consiste em um elemento positivo e outro negativo: Arrependimento, ou seja, abandonar o pecado; e fé, ou seja, aceitar as promessas e a obra de Cristo. Jesus falou especialmente do arrependimento. Ele disse: Quando ele (o consolador) vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: Do pecado porque vou para o pai, e não me vereis mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado. (Jo 16.8-11). Sem essa obra do Espirito Santo, não pode haver conversão.

                                                             


¹Teologia sistemática de Wayne grudem

² Introdução teologia sistemática de Millard J. Erickson