quarta-feira, 4 de novembro de 2015



O perigo do iluminismo





Por Gilberto Ferreira Lima


O iluminismo teve grande impacto sobre a teologia cristã, provocando uma série¹ de questionamentos críticos relativos as suas origens, métodos e doutrina.

Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa² desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.

A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso ²na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. 

O iluminismo luta pela iluminação, ou seja, uma luta pela razão contra o absolutismo da era das trevas, o grande regime da ignorância.

Do iluminismo surgiram muitos pensamentos, dentre eles o protestantismo liberal. O protestantismo liberal é, sem dúvida alguma um dos movimentos mais importantes dentro do pensamento cristão moderno. Suas origens são complexas. No entanto, fica mais fácil compreendê-lo se considerarmos como seu¹ ponto de partida a reação ao programa teológico elaborado por F. D. E. Schleiermacher, particularmente no que diz respeito a sua ênfase sobre o “sentimento” humano e a necessidade de se relacionar a fé cristã à situação do ser humano. O protestantismo liberal clássico surgiu na metade do século XIX, na Alemanha, em meio à crescente percepção de que a fé e a teologia cristãs necessitavam, ambas, ser revistas à luz do conhecimento moderno.

Na ótica dos iluministas as pessoas eram mantidas presas a opressão do passado. Com a o advento da reforma protestante abriu-se o caminho para que houvesse muitos pensamentos, dentre eles o iluminismo. Claro que neste período muitos teólogos aderiram o sistema de correntes iluministas, foi preciso sistematizar a teologia protestante por causa desses pensamentos.

Os ataques da religião racional dos iluministas ficavam mais intensos, eles rejeitavam a possibilidades de milagres, conceito de revelação, doutrina do pecado original, a questão do mal, o status e a interpretação das escrituras e a identidade de jesus Cristo e seu significado.

Focarei aqui o questionamento do iluminismo a respeito de Jesus de Nazaré. Tanto o deísmo quanto o iluminismo alemão criaram a tese que havia uma séria discrepância, quanto ao significado, entre o Jesus da história e a interpretação do novo testamento. Sob o perfil do redentor sobrenatural da humanidade, delineado pelo novo testamento, escondia um mera figura humana, um sábio exaltado, conforme o senso comum. Embora a figura de um redentor sobrenatural fosse algo inaceitável aos olhos do racionalismo iluminista, a ideia de um sábio mestre de preceitos morais não o era.

O liberalismo prega que os discípulos eram até certo ponto fanáticos e por isso inventaram um monte de coisas que na verdade não aconteceu. Eles reinterpretam a morte de Jesus na cruz como exemplo moral supremo de sacrifício e dedicação, que pretendia inspirar em seus seguidores comportamento semelhante. Negam a ressurreição e tem Jesus como um mestre sábio que foi um exemplo.

O liberal não planta igreja, não faz missão, ele ganha mais liberais, e para ganhar adeptos eles usam igrejas, tendo oportunidades para pregar e divulgar o liberalismo. Há muitas igrejas mortas porque não usam de forma sistemática suas teologias.

Que possamos aprender com os apologistas que ajudaram a sistematizar uma teologia firme nos ideais bíblicos e neste caso a teologia reformada tem se mostrado o melhor caminho.



1 uma introdução à telogia cristã/ Alister E. McGrath


2 internet/ site sua pesquisa