O perigo do iluminismo
Por Gilberto Ferreira Lima
O iluminismo
teve grande impacto sobre a teologia cristã, provocando uma série¹ de
questionamentos críticos relativos as suas origens, métodos e doutrina.
Este
movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a
visão teocêntrica que dominava a Europa² desde a Idade Média. Segundo os
filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar
as trevas em que se encontrava a sociedade.
A apogeu
deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido
como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso ²na França, onde
influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e
fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na
independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência
Mineira, ocorrida no Brasil.
O iluminismo
luta pela iluminação, ou seja, uma luta pela razão contra o absolutismo da era
das trevas, o grande regime da ignorância.
Do iluminismo
surgiram muitos pensamentos, dentre eles o protestantismo liberal. O
protestantismo liberal é, sem dúvida alguma um dos movimentos mais importantes
dentro do pensamento cristão moderno. Suas origens são complexas. No entanto,
fica mais fácil compreendê-lo se considerarmos como seu¹ ponto de partida a
reação ao programa teológico elaborado por F. D. E. Schleiermacher,
particularmente no que diz respeito a sua ênfase sobre o “sentimento” humano e
a necessidade de se relacionar a fé cristã à situação do ser humano. O
protestantismo liberal clássico surgiu na metade do século XIX, na Alemanha, em
meio à crescente percepção de que a fé e a teologia cristãs necessitavam,
ambas, ser revistas à luz do conhecimento moderno.
Na ótica dos
iluministas as pessoas eram mantidas presas a opressão do passado. Com a o
advento da reforma protestante abriu-se o caminho para que houvesse muitos
pensamentos, dentre eles o iluminismo. Claro que neste período muitos teólogos
aderiram o sistema de correntes iluministas, foi preciso sistematizar a
teologia protestante por causa desses pensamentos.
Os ataques
da religião racional dos iluministas ficavam mais intensos, eles rejeitavam a
possibilidades de milagres, conceito de revelação, doutrina do pecado original,
a questão do mal, o status e a interpretação das escrituras e a identidade de
jesus Cristo e seu significado.
Focarei aqui
o questionamento do iluminismo a respeito de Jesus de Nazaré. Tanto o deísmo
quanto o iluminismo alemão criaram a tese que havia uma séria discrepância,
quanto ao significado, entre o Jesus da história e a interpretação do novo
testamento. Sob o perfil do redentor sobrenatural da humanidade, delineado pelo
novo testamento, escondia um mera figura humana, um sábio exaltado, conforme o
senso comum. Embora a figura de um redentor sobrenatural fosse algo inaceitável
aos olhos do racionalismo iluminista, a ideia de um sábio mestre de preceitos
morais não o era.
O
liberalismo prega que os discípulos eram até certo ponto fanáticos e por isso
inventaram um monte de coisas que na verdade não aconteceu. Eles reinterpretam
a morte de Jesus na cruz como exemplo moral supremo de sacrifício e dedicação,
que pretendia inspirar em seus seguidores comportamento semelhante. Negam a
ressurreição e tem Jesus como um mestre sábio que foi um exemplo.
O liberal
não planta igreja, não faz missão, ele ganha mais liberais, e para ganhar
adeptos eles usam igrejas, tendo oportunidades para pregar e divulgar o
liberalismo. Há muitas igrejas mortas porque não usam de forma sistemática suas
teologias.
Que possamos
aprender com os apologistas que ajudaram a sistematizar uma teologia firme nos
ideais bíblicos e neste caso a teologia reformada tem se mostrado o melhor
caminho.
1 uma introdução à telogia cristã/ Alister E. McGrath
2 internet/ site sua pesquisa