sábado, 12 de setembro de 2015

                                                                    Eleição 


Romanos 9. 21


Por Gilberto Ferreira Lima  


              
Eleição é um ato de Deus, antes da criação, no qual ele escolhe algumas pessoas¹ para serem salvas, não por causa de algum mérito antevisto delas, mas somente por causa de sua suprema boa vontade.
Existem alguns grupos e quero aqui passar as visões de alguns deles.

Dentre eles se destaca um grupo que se diz não ser calvinistas e nem arminianos, mas quando se deparam com catástrofes, seja na natureza quando afeta a criação de Deus, ou seja algum mal que faz o ser humano sofrer, como por exemplo, doença incurável, estupro, roubo seguido de morte, perca de um ente querido, etc.... essas pessoas não conseguem ver a soberania de Deus e passam na verdade a questiona-los, e também querem defender até o texto bíblico e tirar a soberania de Deus quando passam a defende-los para colocar nas costas do homem o livre-arbítrio. O homem tem suas responsabilidades de escolhas, mas quem decreta é Deus.

Outro grupo, os arminianos, acham que o homem pode mudar o percurso do mundo com o livre-arbítrio, mais o Senhor Deus em sua infinita soberania já tinha decretado tudo mesmo antes da fundação do mundo. Algum homem tentou mudar o tempo de cativeiro egípcio? Certo que não. Mas quando Deus fez aliança com Abraão (Gn 15. 13) ele disse que a descendência de Abraão iria peregrinar em terra alheia por quatrocentos anos. Sabemos que isso foi cumprido. (Ex 12. 40)
Deus prometeu a terra prometida a Israel, mais nem por isso ficaram de braços cruzados esperando que se cumprisse a promessa, mais, antes lutaram para conquistar a terra prometida. Assim são os eleitos de Deus, são salvos pela graça cumprindo todo o decreto de Deus, não por mérito humano, mas pelo sangue de jesus na cruz. Não precisamos de obra meritória, mais precisamos perseverar na doutrina dos apóstolos que estavam firmadas em Cristo, separados do mundo em santificação, lutando não pela salvação que já nos foi dada na cruz, mas para sermos livres (salvos) das contaminações deste mundo, andando em amor para com os outros e sendo irrepreensíveis diante dos homens. A isso chamamos de “perseverança dos santos”.

Em uma das pregações do Rev. Leandro Lima (IPB de santo amaro) sobre o calvinismo, ele diz que quando deixamos um dos cinco pontos calvinistas (tulip) deixamos de ser calvinistas, pois cada ponto estão ligados entre si.

Dizer que quando Deus escolhe algumas pessoas ele está sendo injusto, posso dizer que esta colocação é um tanto pouco incoerente. Mesmo que eu tenha o poder de escolher ou responder o chamado, ia ter um grupo que obviamente não iria escolher a Cristo, e iriam para o inferno, mas João 3.16 diz que “Deus amou o mundo de tal maneira ....” então estaria Deus sendo justo? O apostolo Paulo enfatiza muito bem a soberania de Deus em romanos 9 e Calvino como grande expositor da palavra de Deus viu muito bem a grande soberania de Deus. O próprio Armínio reconheceu que Calvino foi um excelente expositor da palavra.

Se a salvação é para todos, segue que Jesus morreu em vão, e visto que há distinção entre os eleitos e os não eleitos. Então confirma que jesus de fato morreu por aqueles que o pai os (Jo 6. 37) deu para que o filho os salvasse através do seu sacrifício. 

Se a bíblia fala dos eleitos é porque tem um grupo que é separado, e até mesmo dentro da nação de Israel, Deus tem seus escolhidos. “14) De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaias: ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. 15) Porque o coração deste povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos; para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração, se convertam e sejam por mim curados”. Mt 13. 14,15
Que diremos pois? É Deus injusto? Não! Ele não é. É soberano.

“Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão”. Rm 8. 15
Romanos 8. 30 diz; Aos que predestinou (eleição incondicional), a esses chamou (graça irresistível), e ao que chamou, a estes também justificou (expiação); e ao que justificou, a estes também glorificou (perseverança dos santos). Somente neste versículo vemos quatro pontos calvinistas.
Wayne Grudem afirma em seu livro de sistemática que os autores do NT apresentam a doutrina da eleição como um consolo aos crentes.
A maior parte dos crentes de nossa época baseados que o salvo perde a salvação, nunca tiveram este tipo de consolo (segurança em Deus).
Mais se de fato perde a salvação (como dizem eles), deve se usar um método muito usado pelos arminianos baseados em Charles Finney, fazer apelo todos cultos, para os próprios crentes.
Pois, o homem é pecador o tempo todo, mas graças a Deus que Jesus na cruz bradou com grande voz “está consumado”.
A ele toda gloria!








¹ Teologia sistemática de Wayne Grudem