sexta-feira, 9 de setembro de 2016



                 A resposta de Deus                                                           

Gilberto F. Lima


Habacuque foi um profeta do reino de Judá, cerca de 600 A.a.C. O seu contexto era praticamente o mesmo em que estamos vivendo, iniquidade...opressão...destruição...violência...contenda...litigio...a lei se afrouxa...a justiça nunca se manifesta...o perverso cerca o justo...a justiça é torcida. Com isso as pessoas que mais sofrem são as que praticam a justiça, mas também tem aquelas pessoas que se diz justas mas que são omissas, ou seja, veem o mal por todo lado e não fazem nada para promover o bem.


O profeta Habacuque vendo toda maldade e injustiça prevalecendo contra o bem, ora a Deus pedindo uma resposta, afinal esse tipo de maldade existia sempre em uma nação sem lei, mas Israel sempre teve lei, e quando o povo se desviava do livro da lei, se esquecendo da reforma que o rei Josias fizera, Israel sofria alguma punição, pois, Deus é santo e nele não habita maldade, consequentemente odeia a maldade revelada em forma de pecado aos homens.


Vivemos um contexto em que os cristãos vivem afrouxando as leis de Deus, fazendo e aceitando todo tipo de imoralidade, sempre esperamos este tipo de imoralidade do mundo, mas infelizmente isso tem entrado dentro da igreja.


Interessante que Habacuque orava e Deus não respondia, mas quando Deus respondeu não correspondeu as suas expectativas. A resposta para um judeu era a pior possível, sempre houve separação entre judeus e gentios, agora um povo que é considerado imundo segundo os costumes judaicos, vai servir de vara para castigar o povo judeu, isso era quase que inconcebível. Deus então envia um povo chamado de caldeu, mais tarde chamado de babilônicos e Judá é punido pelos seus pecados, mas quando isso acontece é sempre Deus nos corrigindo e exortando para que sejamos melhores é um jeito de tratar que o Senhor tem conosco e muitas vezes ele faz isso com pessoas mais próximas e até nossos inimigos, não entendemos os desígnios de Deus, mas ele sabe de tudo pois, é soberano.


O povo usado para punir Judá fazem as suas próprias leis, marcham contra todos, não há muros que os segurem, não há cidade fortificada que os segurem, talvez a nação que poderia segurar os caldeus fossem Judá, porque o Senhor sempre pelejou por eles, mas agora, os entregou a sua própria sorte. Triste coisa é quando Deus entrega uma nação a sua própria sorte, o homem não tem condições por si só de chegar a Deus, não há quem faça o bem, nenhum se quer (Rm.3.12). Qual é nossa missão? Nossa missão sempre foi a mesma dos profetas, exortando, corrigindo e ensinando fazendo um bom trabalho na prevenção.


Judá depois que foi punido nunca mais fizeram imagens de esculturas, tamanho foi o sofrimento que passaram nos setenta anos de cativeiro. Vivemos dias turbulentos onde a injustiça está cada vez mais presente, onde vemos a apostasia, onde vemos assassinato em massa, onde vemos pais matando filhos e filhos matando pais, parece não ter fim tanta maldade. Quando vemos líderes se corrompendo, pessoas próximas se dobrando ao sistema do mundo, chegamos a perguntar; quem está certo? Mas quando pedimos uma resposta a Deus e a sua resposta vem negativa, qual é a nossa teologia? Questionamos Deus ou dizemos que ele é soberano?
O nosso papel como cristão é consolar um ao outro, na certeza que jesus vem e que nosso reino não é aqui, em que o nosso resgate está cada vez mais próximo. Porque sabemos que caminhamos pra o fim das coisas e o mundo jaz do maligno. Mas enquanto aguardamos o resgate dos filhos de Deus não devemos ficar parados, precisamos nos levantar e resgatar o máximo de pessoas exortando e corrigindo em amor, como fizeram os grandes avivalistas George whitefild, Jonathan Edwards, Charles Spurgeon, entre outros que com suas pregações, muitos se arrependeram de seus pecados.


O que estamos fazendo? Aceitando a imoralidade?
Que possamos dizer que o nosso redentor vive e virá pra nos resgatar, que possamos consolar aqueles que de certa forma se escandalizaram com pessoas que amaram mais o mundo, do que a Deus. Que possamos bradar como Habacuque e dizer ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação.


A melhor maneira de confiar em Deus, é confiar na sua soberania, pois não podemos mudar nada e Deus sabe o que é melhor para seus escolhidos, embora não entendemos muitas vezes os seus desígnios, mais eles são bons!


Deus abençoe a todos!