domingo, 20 de dezembro de 2015

A lei e o evangelho

     
Por Gilberto Ferreira Lima



“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão”.  (Gl 5.1)
Quando conversamos ou, até mesmo pregamos que Jesus nos libertou tirando o jugo da escravidão de sobre nós, as pessoas se escandalizam, mesmo depois de termos em nossas mãos as cartas paulinas, principalmente Romanos e Gálatas.
Certa vez ouvindo um dos meus professores da EBD, ele fez uma ilustração muito simples, de como ser salvo pela graça e pela fé somente. Ele dizia que as pessoas que não entendem a graça é semelhante a uma pessoa que convida um amigo para o churrasco em sua casa e diz que é totalmente de “graça”, mais o amigo quando está a caminho diz; vou comprar mais um pouco de carne, vai que a carne não dá. E ele faz isso quando na verdade seu amigo disse que é de graça.
Infelizmente o contexto em que vivemos é semelhante ao que Paulo encontrou na Galácia, depois de ter pregado Cristo crucificado, agora outro evangelho estava sendo disseminado naquela região, foi preciso escrever ao Gálatas esta linda carta que temos hoje em dia em nossas mãos. Na caminhada eles mudaram o que tinha aprendido achando que o evangelho da graça não era suficiente.
Depois de tanto tempo quantas pessoas ainda não entenderam o que Paulo disse aos Gálatas e fazem da velha aliança algo desejável para sua salvação, crendo que o guardar o sábado vão ser salvos, colocando objetos da antiga aliança com a nova aliança, judaizando aquilo que Paulo combateu em Gálatas, vejamos que isso não funciona, em Hebreus 8. 13 diz: “Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer”.
O versículo 3 de gálatas 5 diz: “De novo, testifico a todo homem que se deixa circuncidar que está obrigado a guardar toda a lei”.
O grande problema que talvez muitos não saibam que, quem quiser cumprir toda lei para justificação cai em um erro tremendo. “De Cristo vos desligastes, vós que procuráveis justificar-vos na lei; da graça descaístes”. (Gl 5.4)
“Um pouco de fermento leveda toda a massa”. (Gl 5. 9)                                                      
Foi o que aconteceu na época de Paulo na Galácia, os da circuncisão dizendo que por fé não era suficiente, por isso era necessário guardar a lei, este grupo levedou muita gente “um pouco de fermento leveda toda massa”. Vivemos em épocas diferentes, mas, o que se prega é um evangelho de que precisa de algo mais para que as pessoas sejam salvas, com isso o evangelho pregado por muitos e neste caso na maioria das vezes são pregados por pentecostais e neopentecostais, que tem colocado a cruz de Cristo em último plano, tornando ineficaz e insuficiente a morte de Cristo no calvário.
“Porque nós, pelo Espirito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé”.
A aliança que nasceu no monte Sinai leva e gera para escravidão, porque nasceu segundo a carne. Mas nós somos filhos da livre, mediante a promessa que foi pré-anunciada a Abraão.
  Walter C. Kaiser Jr. Na página 274 de seu livro “O plano da promessa de Deus” diz; o evangelho foi dado “por antecipação a Abraão”. Esse evangelho, de acordo com Gênesis 12.3, dizia que “em ti serão abençoadas todas as nações” (Gl 3.8). Portanto, Abraão foi “pré-evangelizado” por meio de uma palavra que Paulo rotulou de “boas novas”: Assim, as promessas foram feitas a Abraão e a seu descendente [ou semente]. A escritura não diz: ‘e aos seus descendentes’, como se falasse de muitos, mas como quem se refere a um só: ‘E a teu descendente [ou semente]’, que é Cristo (Gl 3.16). O evangelho de Paulo, como se vê, não era em hipótese alguma diferente daquele que Deus havia dado originalmente às pessoas para que se salvassem no antigo testamento. Portanto, porque ele estava sendo acusado de propor um plano de salvação deficiente? A resposta é que Paulo não estava propondo nada que fosse novo! O plano da promessa de Deus era o mesmo plano original que Paulo continuava a defender aqui.
Então pra quem acha que Paulo pregava um outro evangelho eis a resposta bíblica e bem convincente de Kaiser Jr. Não era o evangelho da circuncisão, mas era o que Deus pré- anunciou a Abraão, por isso sou justificado, através do sacrifício de Cristo na cruz que me libertou da letra da lei. Mas embora sou liberto dos efeitos da lei, isso não me dá o direito de sair pecando, não devemos confundir liberdade com libertinagem. Pra isso Cristo nos chamou para sermos santos e irrepreensíveis diante de uma sociedade corrupta.


A lei e os profetas duraram até João e o véu se rasgou de alto abaixo, agora sou livre através de jesus autor e consumador da fé.