sábado, 23 de abril de 2016



A cultura do cristianismo Brasileiro





Por Gilberto Ferreira Lima



Enquanto o cristianismo na EUROPA e EUA está minguando no Brasil os dados do IBGE mostra que ele cresce; com um aumento espantoso nos últimos anos. Mas um cristianismo de cultura pobre, tão pobre que se não tiver um freamento vamos enfrentar o que a EUROPA e EUA estão enfrentando. Eu diria que falta “inteligência humilhada” onde os cultos são totalmente voltados ao egocentrismo e o antropocentrismo.
Quando o homem se torna objeto de culto, além de ser um ato que viola a adoração a Deus e seus princípios, abre portas para o relativismo, pragmatismo, misticismo, sincretismo e quando isso acontece, o liberalismo e o universalismo abraça a igreja, com isso a igreja morre.
Apesar desse grande problema, de uma forte heresia que rondam os púlpitos brasileiros, existe uma cultura muito forte entre os evangélicos até mesmos nos mais sinceros cristãos de separar tudo, muitas vezes isso é feito sem equilíbrio e com isso acaba perdendo uma grande oportunidade de glorificar o nome de Deus e anunciar o evangelho de uma forma espontânea, no trabalho, na escola, na universidade, etc... uma vez que a exposição do evangelho não está restrito somente dentro da igreja e nem quando entregamos alguns folhetos na rua. O próprio Jesus comia com pecadores, escandalizando a religião, mais não deixava de ser uma estratégia para glorificar o nome de Deus. Com isso podemos constatar que há uma exposição do poder do evangelho através daqueles, que o professam não importando o lugar que esteja.
A cultura do evangelicalismo brasileiro está cheia de sincretismo religioso, cheio de elementos culturais diversos, o resultado é bem visível no lado negativo, e muitos fazem na sua sinceridade, mas praticando uma ignorância por não ter acesso talvez a toda verdade por falta de uma exposição de seus líderes. Neste caso, o sincretismo aparece quase que na sua totalidade no meio pentecostal e neopentecostalismo, tudo isso vindo de filosofias e ideologias de culto afro.
Com esses ensinamentos há um abismo que separa o cristianismo da sociedade, sendo difundindo entre os próprios crentes a separação do evangelho.
Uma vez um homem de profissão de sapateiro chegou para Martinho Lutero e perguntou o que devia fazer para servir a Deus. Talvez ele não esperasse que a resposta de Lutero seria “faça um bom sapato e o venda por um preço justo”. Talvez a resposta que ele queria não fosse essa, pois, achava que servir a Deus é largar tudo pra fazer a obra. A cultura do evangelho no Brasil não ver cristianismo em fazer um bom produto e vende-lo por um preço justo e sim que a obra está no simples fato de entregar folheto, quando nós somos carta lida por todos os homens (II Co 3.2), ou ter cargo na igreja, ou que trabalhe diretamente em missões. É prestar o melhor serviço trabalhando como se fosse para o Senhor (Cl 3.17).
Mais o grande propagador do culto ao homem é a música “gospel” com suas letras voltadas as necessidades sociológicas. Com isso vemos que o centro do culto não é Deus, onde as letras não exaltam a soberania do todo poderoso, não existe inteligência humilhada e sim orgulho por parte dessas pessoas. Inteligência humilhada é reconhecer que Deus é Deus e o homem não pode nada se Deus não o concede-lo.

O conceito de inteligência humilhada é do Pr. Jonas Madureira.