A cultura do cristianismo Brasileiro
Por Gilberto Ferreira Lima
Enquanto o
cristianismo na EUROPA e EUA está minguando no Brasil os dados do IBGE mostra
que ele cresce; com um aumento espantoso nos últimos anos. Mas um cristianismo
de cultura pobre, tão pobre que se não tiver um freamento vamos enfrentar o que
a EUROPA e EUA estão enfrentando. Eu diria que falta “inteligência humilhada”
onde os cultos são totalmente voltados ao egocentrismo e o antropocentrismo.
Quando o
homem se torna objeto de culto, além de ser um ato que viola a adoração a Deus
e seus princípios, abre portas para o relativismo, pragmatismo, misticismo,
sincretismo e quando isso acontece, o liberalismo e o universalismo abraça a
igreja, com isso a igreja morre.
Apesar desse
grande problema, de uma forte heresia que rondam os púlpitos brasileiros,
existe uma cultura muito forte entre os evangélicos até mesmos nos mais
sinceros cristãos de separar tudo, muitas vezes isso é feito sem equilíbrio e
com isso acaba perdendo uma grande oportunidade de glorificar o nome de Deus e
anunciar o evangelho de uma forma espontânea, no trabalho, na escola, na
universidade, etc... uma vez que a exposição do evangelho não está restrito
somente dentro da igreja e nem quando entregamos alguns folhetos na rua. O
próprio Jesus comia com pecadores, escandalizando a religião, mais não deixava
de ser uma estratégia para glorificar o nome de Deus. Com isso podemos
constatar que há uma exposição do poder do evangelho através daqueles, que o
professam não importando o lugar que esteja.
A cultura do
evangelicalismo brasileiro está cheia de sincretismo religioso, cheio de
elementos culturais diversos, o resultado é bem visível no lado negativo, e
muitos fazem na sua sinceridade, mas praticando uma ignorância por não ter
acesso talvez a toda verdade por falta de uma exposição de seus líderes. Neste
caso, o sincretismo aparece quase que na sua totalidade no meio pentecostal e
neopentecostalismo, tudo isso vindo de filosofias e ideologias de culto afro.
Com esses
ensinamentos há um abismo que separa o cristianismo da sociedade, sendo
difundindo entre os próprios crentes a separação do evangelho.
Uma vez um
homem de profissão de sapateiro chegou para Martinho Lutero e perguntou o que
devia fazer para servir a Deus. Talvez ele não esperasse que a resposta de
Lutero seria “faça um bom sapato e o venda por um preço justo”. Talvez a
resposta que ele queria não fosse essa, pois, achava que servir a Deus é largar
tudo pra fazer a obra. A cultura do evangelho no Brasil não ver cristianismo em
fazer um bom produto e vende-lo por um preço justo e sim que a obra está no
simples fato de entregar folheto, quando nós somos carta lida por todos os
homens (II Co 3.2), ou ter cargo na igreja, ou que trabalhe diretamente em missões.
É prestar o melhor serviço trabalhando como se fosse para o Senhor (Cl 3.17).
Mais o
grande propagador do culto ao homem é a música “gospel” com suas letras
voltadas as necessidades sociológicas. Com isso vemos que o centro do culto não
é Deus, onde as letras não exaltam a soberania do todo poderoso, não existe
inteligência humilhada e sim orgulho por parte dessas pessoas. Inteligência
humilhada é reconhecer que Deus é Deus e o homem não pode nada se Deus não o
concede-lo.
O conceito de inteligência humilhada é do Pr. Jonas Madureira.
O conceito de inteligência humilhada é do Pr. Jonas Madureira.