Romanos 9. 21 |
Por Gilberto Ferreira Lima
Eleição é um
ato de Deus, antes da criação, no qual ele escolhe algumas pessoas¹ para serem
salvas, não por causa de algum mérito antevisto delas, mas somente por causa de
sua suprema boa vontade.
Existem
alguns grupos e quero aqui passar as visões de alguns deles.
Dentre eles
se destaca um grupo que se diz não ser calvinistas e nem arminianos, mas quando
se deparam com catástrofes, seja na natureza quando afeta a criação de Deus, ou
seja algum mal que faz o ser humano sofrer, como por exemplo, doença incurável,
estupro, roubo seguido de morte, perca de um ente querido, etc.... essas
pessoas não conseguem ver a soberania de Deus e passam na verdade a
questiona-los, e também querem defender até o texto bíblico e tirar a soberania
de Deus quando passam a defende-los para colocar nas costas do homem o
livre-arbítrio. O homem tem suas responsabilidades de escolhas, mas quem
decreta é Deus.
Outro grupo,
os arminianos, acham que o homem pode mudar o percurso do mundo com o
livre-arbítrio, mais o Senhor Deus em sua infinita soberania já tinha decretado
tudo mesmo antes da fundação do mundo. Algum homem tentou mudar o tempo de
cativeiro egípcio? Certo que não. Mas quando Deus fez aliança com Abraão (Gn
15. 13) ele disse que a descendência de Abraão iria peregrinar em terra alheia
por quatrocentos anos. Sabemos que isso foi cumprido. (Ex 12. 40)
Deus
prometeu a terra prometida a Israel, mais nem por isso ficaram de braços
cruzados esperando que se cumprisse a promessa, mais, antes lutaram para
conquistar a terra prometida. Assim são os eleitos de Deus, são salvos pela
graça cumprindo todo o decreto de Deus, não por mérito humano, mas pelo sangue
de jesus na cruz. Não precisamos de obra meritória, mais precisamos perseverar
na doutrina dos apóstolos que estavam firmadas em Cristo, separados do mundo em
santificação, lutando não pela salvação que já nos foi dada na cruz, mas para
sermos livres (salvos) das contaminações deste mundo, andando em amor para com
os outros e sendo irrepreensíveis diante dos homens. A isso chamamos de
“perseverança dos santos”.
Em uma das
pregações do Rev. Leandro Lima (IPB de santo amaro) sobre o calvinismo, ele diz
que quando deixamos um dos cinco pontos calvinistas (tulip) deixamos de ser
calvinistas, pois cada ponto estão ligados entre si.
Dizer que
quando Deus escolhe algumas pessoas ele está sendo injusto, posso dizer que
esta colocação é um tanto pouco incoerente. Mesmo que eu tenha o poder de
escolher ou responder o chamado, ia ter um grupo que obviamente não iria
escolher a Cristo, e iriam para o inferno, mas João 3.16 diz que “Deus amou o
mundo de tal maneira ....” então estaria Deus sendo justo? O apostolo Paulo
enfatiza muito bem a soberania de Deus em romanos 9 e Calvino como grande
expositor da palavra de Deus viu muito bem a grande soberania de Deus. O
próprio Armínio reconheceu que Calvino foi um excelente expositor da palavra.
Se a
salvação é para todos, segue que Jesus morreu em vão, e visto que há distinção
entre os eleitos e os não eleitos. Então confirma que jesus de fato morreu por
aqueles que o pai os (Jo 6. 37) deu para que o filho os salvasse através do seu
sacrifício.
Se a bíblia
fala dos eleitos é porque tem um grupo que é separado, e até mesmo dentro da
nação de Israel, Deus tem seus escolhidos. “14) De sorte que neles se cumpre a
profecia de Isaias: ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis;
vereis com os olhos e de nenhum modo percebereis. 15) Porque o coração deste
povo está endurecido, de mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos;
para não suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o
coração, se convertam e sejam por mim curados”. Mt 13. 14,15
Que diremos
pois? É Deus injusto? Não! Ele não é. É soberano.
“Terei
misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me
aprouver ter compaixão”. Rm 8. 15
Romanos 8.
30 diz; Aos que predestinou (eleição incondicional), a esses chamou (graça
irresistível), e ao que chamou, a estes também justificou (expiação); e ao que
justificou, a estes também glorificou (perseverança dos santos). Somente neste
versículo vemos quatro pontos calvinistas.
Wayne Grudem
afirma em seu livro de sistemática que os autores do NT apresentam a doutrina
da eleição como um consolo aos crentes.
A maior
parte dos crentes de nossa época baseados que o salvo perde a salvação, nunca
tiveram este tipo de consolo (segurança em Deus).
Mais se de
fato perde a salvação (como dizem eles), deve se usar um método muito usado
pelos arminianos baseados em Charles Finney, fazer apelo todos cultos, para os
próprios crentes.
Pois, o
homem é pecador o tempo todo, mas graças a Deus que Jesus na cruz bradou com
grande voz “está consumado”.
A ele toda
gloria!
¹ Teologia
sistemática de Wayne Grudem
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