sexta-feira, 25 de março de 2016

               Apologética 

                                                                       Por Gilberto Ferreira Lima



Nos séculos II e III, a igreja exprimiu¹ sua autoconsciência nascente numa forma literária nova – as obras apologéticas e dos polemistas. Justino Mártir foi o maior do primeiro grupo; Irineu, foi o grande nome do segundo. Esse homens enfrentaram um governo hostil, ao qual procuraram convencer com os argumentos de suas produções literárias. Os apologistas procuraram convencer os líderes do estado de que os cristãos nada tinham feito para merecer a perseguição que estavam sofrendo.


O cristianismo século após séculos sempre teve que se organizar pela defesa da fé, e sempre Deus levantou homens apologistas pronto pra defender o evangelho de ataques muitas vezes covardes.


Entre os séculos II e III talvez foi a época em que mais vezes foram colocados a prova. Os cristãos eram atacados de ambos lados, seja pelos pagãos assim como o estado. Falsas acusações de ateísmos, canibalismo, incesto, preguiça e práticas antissociais atribuída a eles por vizinhos e escritores pagãos.


Esse homens escrevendo como filósofos, e não como teólogos, ressaltaram o cristianismo como religião e filosofia mais antiga, uma vez que escritas como pentateuco eram anteriores as guerras de Tróia e que toda verdade que se encontrasse no pensamento grego era uma apropriação de ideias do cristianismo ou do judaísmo. Com isso prova-se que o cristianismo é a mais elevada filosofia.
Gosto como o professor Adauto Lourenço expõe seu sermões comprovando cientificamente a bíblia, assim, como no período patrístico, Justino Mártir (100-165), Taciano (c.110-c.180) e Tertuliano (c.160-225).


O tempo passou e ainda hoje os argumentos tem que ser forte e bem colocado para combater os opositores do evangelho, dentre eles o de ateísmo.
Agostinho (355-430 d.C.) usou a razão para provar a existência de Deus, e com o aumento da maldade da corrupção o cristão sempre deve estar preparado para um bom debate. Somos atacados por todos lados, mais nunca fomos tão atacado como ter que provar a existência de Deus, e se Deus existe, porque há o mal?


Neste caso a melhor maneira é estudar o debatedor, o porquê dele não crer na existência e seu questionamento do porquê há o mal.


Em alguns caso sabemos que o oponente pode questionar a Deus porque muitas das vezes ele pode tá passando por situações de sofrimento ou tragédia na família ou, alguém que sofre e Deus não faz nada. Em outros casos existe ateu que prefere não acreditar em Deus “crendo” que ele não existe para não lhe atribuir culpa. Ou seja se fato Deus existe isso não pode acontecer. Por outro lado vemos teístas que dizem que creem mas se comporta como se Deus não existisse, quando algo lhe acontece provindo de um mal, deixa a soberania de Deus de lado e até se desvia da fé.


Agostinho diz; “o mal é a ausência do bem. É como² podridão para uma árvore ou ferrugem para o ferro, corrompem coisas boas sem ter a natureza própria. Dessa maneira Agostinho respondeu ao dualismo da religião maniqueísta que afirmava que o mal era a realidade igualmente e eterna, mas oposto do bem”.


Precisamos de homens sérios compromissados com a verdade, não para convencer, pois quem convence o homem é o Espirito Santo.





¹ o cristianismo através dos séculos, Earle E. Cairns

²Enciclopedia de apologética, Norman Geisler

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